TEMA: UMA PROMESSA E SUAS EXIGÊNCIAS.

TEXTO: Josué 14:1-15

VERDADE CENTRAL: As expectativas quanto às conquistas que se quer estabelecer ficam mais claras quando se tem percepção das exigências.


INTRODUÇÃO

Caminhando com o AP. Renê tenho aprendido o quanto é importante saber onde se quer chegar, pois é por esta percepção que temos clareza do caminho que temos que percorrer. Saber que Deus tem uma chamada para conquistar uma nação tem um peso diferente de uma chamada para consolidar uma igreja local. Uma e outra situação dão muito trabalho, porém exigem demandas diferentes. Exigem capacidades diferentes. Exigem disponibilidades diferentes.
Tenho acompanhado a agenda do meu líder nesses últimos 12 anos. Quando o conheci, ele ainda era um estudante de teologia preparando-se para ser um pastor. Hoje é um líder de uma visão de conquista que tem gerado um grande avivamento no Brasil e outras nações. A agenda deste homem hoje nem de perto lembra a rotina daqueles anos quando o recebia aos domingos em minha casa para almoçarmos e juntos esperarmos o horário do culto da noite. Renúncias pessoais foram assimiladas. Enfrentamentos adversos foram encarados. Desafios estruturais não o paralisaram. Resistências espirituais não o intimidaram. Por saber que o Senhor havia feito a ele uma promessa nenhuma dessas circunstâncias o impediram de chegar até onde já chegou.
Essa postura tem servido de referência para muita gente no Brasil e no mundo. Suas realizações têm inspirado outros líderes. No entanto, não compreender sua trajetória pode dar algumas falsas impressões àqueles que também desejam estabelecer conquistas significativas em seus ministérios.
Saber onde se quer chegar é por demais importante. Conhecer o alvo da sua conquista lhe dará clareza das ações e apresentará os desafios objetivos que não poderão ser ignorados.
Na Bíblia encontramos uma história muito inspiradora e também orientadora quanto as referências necessárias para saber onde se quer chegar. Vejamos juntos as referências que foram utilizadas por Calebe para herdar Hebrom, na terra de Canaã.

I. Uma promessa estabelece metas objetivas.
Texto: Josué 14:6
“...Tu sabes o que o Senhor falou a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barnéia, a respeito de mim...”
Havia no coração de Calebe uma clareza do alvo objetivo da sua conquista. Um registro muito claro que fundamentou em todo tempo o que ele iria conquistar.
Duas fontes de autoridade estavam em concordância para assegurar-lhe que seu objetivo não fora uma construção das suas próprias ambições. Tanto Deus como Moisés haviam estabelecido como decreto o alvo da conquista de Calebe.
Quando o povo Hebreu chega nas proximidades de Canaã, Moisés envia os doze espias, para que fosse confirmado o registro da promessa que Deus havia feito desde Abraão. Calebe ao fazer parte da comitiva, entrando na terra verificou sua extensão, sua riqueza, suas possibilidades e também suas adversidades. Viu tudo o que precisava ter visto. A terra era como Deus havia prometido. Um sinal muito claro para ele de que assim como Deus não havia mentido quanto às condições da terra, também seria fiel quanto a sua conquista.
Quando Deus nos dá uma promessa precisamos ter claro em nossos corações do que realmente se trata, para não construirmos expectativas equivocadas que de alguma maneira nos façam errar o alvo.
Quando Deus fez uma promessa a Abraão a respeito de um herdeiro não estava se referindo ao Damaceno Eliezer, nem tão pouco ao atalho buscado por intermédio de Agar que deu a luz a Ismael, mas a promessa era bem mais objetiva: Sara dará a luz a um filho e este será o herdeiro.
Enquanto não temos claro o que a promessa em sua verdade e objetividade esta propondo podemos gerar expectativas equivocadas que nos conduzirão por caminhos estranhos e até mesmo poderão nos fazer desistir da conquista. Uma expectativa errada pode não nos favorecer na construção das motivações corretas.
Olhar para referências da visão celular no Brasil é um bom exercício para compreender o que Deus é poderoso para fazer através da sua vida e ministério. Mas é um erro perigoso não observar todo histórico que construiu o que hoje os olhos vêem. A leitura precisa ser aprofundada, o caminho percorrido precisa ser compreendido. As adversidades enfrentadas não podem ser ignoradas. A competência do momento precisa ser avaliada. Tudo isso precisa entrar no foco para se constituir uma decisão assegurada por convicções de fé que não ignoram os limites a serem transpostos.
Saber que a visão lhe promete a conquista da multidão exigirá uma investigação minuciosa para entender sua realização. Nisso não há nenhum mistério, a visão é simples como beber um copo de água, mas as precipitações das nossas ambições podem nos fazer errar o compasso apropriado para executar a estratégia de conquista.
Calebe ao entrar na terra de Canaã observou tudo e compreendeu que a meta estava clara e que a promessa era real.
Em seu relatório nada foi esquecido, porém a convicção de que a promessa seria cumprida por Deus foi decisiva para a construção de uma postura diferenciada dos demais.


II. Uma promessa estabelece as motivações apropriadas.
Texto: Josué 14:8
“...mas eu perseverei em seguir ao senhor meu Deus.

Quando sabemos com precisão o que temos a fazer, será a motivação correta que nos conduzirá no enfrentamento e superação de todos os desafios até que a conquista se defina.
O texto deixa claro que o diferencial da postura de Calebe em relação aos demais espias foi a atitude cultivada ante a tarefa a ser completada.
A falta de percepção dos dez espias quanto a conquista da terra prometida gerou em seus próprios corações um abatimento tal que foi contagiante, fazendo derreter também o coração de todo o povo. Esta expressão para mim é muito forte. Ressalta o quanto a reação de uma liderança pode definir a postura de toda uma geração que poderia fazer a diferença para melhor em seu tempo mais que acabou por deixar passar a sua grande oportunidade.
Lideres desapercebidos não inspiram confiança e nem crédito para conquistas. São eles os responsáveis pela paralisação de processos e derretimento das esperanças despertadas pelas promessas que vêem de Deus.
A tarefa de perceber o que tem para ser feito e manter o foco correto no objetivo a ser alcançado pertence ao líder. A reação do líder determinará os passos de todo povo.
O líder é a chave para conquistar ou para desistir. Diante de cada circunstância a ser enfrentada se conhece a capacidade do líder que se dispôs a caminhar a frente do povo. Parece pesado, mas essa é a função do líder. Ele vai à frente e determina a estratégia para fazer avançar os processos que levaram a todos ao fim proveitoso desejado.
O olhar daqueles dez espias estava desfocado da promessa e daquele que havia feito a promessa. Julgaram que a conquista dependia dos esforços limitados e das capacidades também limitadas deles. A avaliação dos enfrentamentos foi precisa, porém erraram quando julgaram que a solução dependeria apenas dos seus recursos. Ignoraram todo o histórico recente das intervenções divinas que a todo momento sinalizava que o Deus que fizera a promessa estava engajado em todo o processo.
Eles haviam chagado até aquele ponto por intermédio das ações de Deus confirmando suas intenções para com todos eles. Um clamor havia chegado ao céu, sinalizando um desejo de retorno a terra que Deus havia prometido dar a descendência de Abraão. A partir daí Deus figura como principal personagem, gerando livramentos sobrenaturais, fazendo uso da sua destra poderosa, livrando-os do mais temível império da época. Mesmo assim, estes fatos recentes não foram levados em consideração, produzindo um relatório desprovido das referências corretas e sinalizando a todo momento a fragilidade de uma geração resistente ao aprendizado, denunciando uma tendências a acomodação àquilo que não apresenta riscos. Isso foi determinante para paralisar a marcha de um exercito de quase três milhões.
Diferentes dos demais e sustentando uma linguagem firme de conquista, observamos a atitude de Calebe, que no texto citado revela onde se fundamentou suas ações e seu discurso. A fragilidade das convicções dos demais não alteraram sua firmeza. O derretimento do coração do povo também não o fragilizaram, pois a determinação do seu coração estava em perseverar na promessa que vinha de Deus, a qual apontava para uma herança desejada e que agora depois da conquista estava sendo reivindicada.
A motivação do coração de Calebe não foi sustentada por nenhum conforto, mas pela convicção de que a perseverança em seguir os decretos abençoadores de Deus lhe faria herdeiro de uma terra desejável.
Seus fundamentos eram seguros, suas expectativas não eram vacilantes. Não havia engano em suas motivações. Havia uma certeza de que o Deus que lhe fizera a promessa era capaz para cumpri-la.
Quantas promessas na visão celular você já alimentou no coração do teu povo? Quantas conquistas você já ofereceu como esperança? Quantas heranças foram sinalizadas ao longo desta jornada? Mais cedo ou mais tarde chegar-se-á às margens do Jordão, diante do momento decisivo da conquista, onde os reais líderes se revelam e completam sua carreira. Saber onde se fundamenta a motivação inabalável desses líderes nos ajudam a compreender como devemos firmar nossas convicções diante de uma chamada tão desafiadora como é a Visão Celular no Modelo dos Doze. As heranças reivindicadas são de direito daqueles que perseveram até que a promessa se confirme, passando pelos enfrentamentos e superando todo o tipo de adversidade seja ela externa, ou interna. Seja pela ameaça das adversidades, seja pela incredulidade de alguns que caminham ao seu lado buscando apenas usufruir dos benefícios da sua conquista. O foco da motivação do líder não se distrai e nem se perturba, continua firme naquele que fez a promessa e que é poderoso para fortalecer aos que confiam em seu nome.





III. Uma promessa define a conquista.
Texto: Josué 14:9
“...Certamente a terra que pisou o teu pé te será por herança a ti e a teus filhos para sempre...”

É interessante observarmos os nomes da terra que está sendo dada por herança a Calebe, pois os mesmos revelam aspectos determinantes na caminhada da conquista das nossas heranças.
O primeiro nome da terra da herança de Calebe era Quiriate-Arba, que significa Cidade de Arba, porque Arba era o maior homem entre os anaquins
Entre os homens temos medições de capacidades. Segundo o relatórios dos dez espias o fato da terra de Canaã ser habitada por gigantes era uma desvantagem gritante. A força física estava a favor dos anaquins. No olhar dos espias seriam como gafanhotos no enfrentamento a esses gigantes.
Na contramão dos fatos está a conquista de Calebe, que contraria a percepção humana mas ratifica a suficiência de Deus, que capacita aquele que espera nEle, renovando as suas forças, concedendo-lhe o improvável pelas condições humanas. A terra que antes pertencera ao maior dos anaquins veio a ser herança daquele que creu no Deus que está acima da suficiência do homem. Nossas conquistas nunca estarão atreladas a medida e possibilidades dos homens. E por mais ameaçadora que seja a aparência da força de um homem, ele é apenas homem, sujeito as mesmas condições de todos os demais, diferente daquele que nos tem feito as promessas e que esta acima de todo homem, até mesmo do maior entre os anaquins.
O nosso Deus é quem abate os altivos desta terra e exalta a todo aquele que se sujeita a sua vontade. Nenhum poder se compara a sua grandeza. Ele é o Deus todo poderoso. Ele foi quem abateu Faraó em sua altivez e abateu Arba em sua força, para confirmar a sua promessa.
O segundo nome da terra da herança de Calebe era Hebrom, que significa “aliança”. Muito nos sugere o significado do nome,pois foi a firmeza do caráter de Calebe em confiar nas promessas de Deus que lhe asseguraram a conquista desta herança.
Sem dúvida alguma o conceito de aliança estava presente na convicção de Calebe quanto ao comprometimento de Deus em todo o processo de conquista. A promessa feita primeiramente a Abraão havia sido confirmada por uma Aliança com Deus. Quando Deus decide livrar o povo da opressão do Egito é uma aliança que é lembrada. E agora que estão prestes a entrar na terra é uma aliança que assegurará a conquista, tal é a certeza de Calebe.
Também na hora de reivindicar a terra a Josué é uma aliança que também está sendo lembrada.
A força de resistência que foi apresentada pelos moradores de Canaã se fundamentou em suas capacidades próprias, mas a força de conquista de Calebe residia na capacitação que lhe veio por intermédio de uma aliança que o fortaleceu de tal forma que mesmo aos oitenta anos sentia-se com a força de quando possuía quarenta. Alianças são estabelecidas para superação dos limites que a força individual não consegue superar. Calebe reconheceu que o seu Deus era poderoso o suficiente para fortalecê-lo e assegurar-lhe uma conquista tão nobre e relevante. A cidade não mais se chamou Quiriate-Arba, mas Hebrom, revelando que a força intimidadora da capacidade do homem não supera a decisão de um Deus que age a favor dos que o temem.
A conquista de Calebe é a referência que apresentamos para alicerçar aquela que Deus tem sinalizado para tua vida e ministério. A visão celular tem proposto ações que seguem na direção do enfrentamento direto de forças que se opõe a expansão do Reino de Deus, no entanto, será por intermédio dos homens de aliança que tais lugares terão suas identidades transformadas. Deixarão de ser territórios que afrontam a suficiência de Deus para exaltar a sua grandeza e honrar aqueles que o amam.

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