TEMA: CALCULE BEM PARA ESTABELECER PROJETOS

TEXTO: Lucas 14: 25-35

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?” (v.28)

VERDADE CENTRAL: As conquistas na Visão celular serão fruto de ações comprometidas daqueles que fizeram as devidas avaliações e chegaram a conclusão responsável que a Visão responde as demandas e sonhos ministeriais.

INTRODUÇÃO:

Quando consideramos o texto mais ampliado onde se encaixa aquele que está acima citado, percebemos que Jesus, dirigindo-se a multidão dá conselhos bem objetivos na direção de uma clareza quanto a tudo que está envolvido no projeto para segui-lo. Seguir a Jesus é um projeto de vida que precisa ser considerado em toda a amplitude que uma tomada de posição como esta requer.
Tal intervenção de Jesus junto à multidão que o acompanhava nos faz perceber que o simples fato de estar acompanhando não é suficiente para toda a extensão do projeto, pois o envolvimento no projeto deve ir além de motivações circunstancias e tão somente focadas em necessidades unilaterais.
Um projeto como o que Jesus está propondo exige de seus seguidores uma avaliação mais aprofundada para que nenhum outro valor se apresente como limitador ou competidor nos níveis de interesses e comprometimentos exigidos.
Tomando como base esta experiência quero fundamentar algumas percepções também aplicadas ao projeto da Visão Celular no Modelo dos 12, que trabalha as relações do discipulado a luz das referências que encontramos em Cristo Jesus.

I. Implantar a visão Celular vai exigir renúncias.
Texto: Luc. 14: 26-27
“... não pode ser meu discípulo”

A expressão encerra uma fala de Jesus onde níveis de renúncia são apresentados como condições necessárias àqueles que estão para tomar a decisão de entrar num projeto que não foi estabelecido a partir das considerações de quem está querendo seguir a Jesus. Essas condições já estão estabelecidas. Jesus é quem estabelece os parâmetros condicionais àqueles que querem segui-lo.
O projeto tem princípios pré-estabelecidos e ignorá-los ou julgar que os mesmos se adequarão as minhas necessidades é um erro que pode comprometer a realização do mesmo.
O projeto de vida oferecido por Jesus tem o poder de transformar e satisfazer a demanda da vida humana pelo prisma divino de prioridades, e quando alguém percebe esta oferta e se submete a ela é que usufrui do benefício disponibilizado.
É um erro julgar que a minha necessidade ou limite está no centro dos acontecimentos e que tudo ao redor é que precisa se sujeitar a esta demanda. Do contrário, é quando eu percebo os limites da minha estrutura e projeto, e busco então aprimorá-lo, abrindo espaços antes ocupados pela ignorância e limite, é que sou convencido das renúncias necessárias para não ser privado do valor maior que preciso agregar a minha história.
No texto, a multidão é que busca Jesus por reconhecer que o mesmo possui qualidades que atendem as necessidades e podem gerar nova qualidade de vida. Mesmo tendo tomado a iniciativa a multidão é alertada do preço a ser considerado para que toda a transferência de vida pelo discipulado pudesse chegar a sua efetivação. Discipulado sem renúncias, sem entrega total de vida não funciona. Buscar os bônus sem disposição para assumir os ônus, não assegura a ninguém resultados permanentes e completos.
Assim como para o discípulo se impões este nível de avaliação para obter o melhor da vida compartilhada com Jesus, o líder que deseja se comprometer e tem buscado na Visão celular a respostas para suas inquietações, precisará considerar que renúncias de valores até então considerados úteis, mais ao mesmo tempo impotentes para dar solução as suas demandas, serão necessárias. Caso contrário, o que é que nos atrairia a esta Visão se os nossos valores anteriores estivessem atendendo plenamente as nossas expectativas. Por considerarmos que temos a necessidade e que a Visão possui um fruto, um testemunho, que responde a esta necessidade é que a ordem da renúncia se impõe a quem tem a necessidade, e não o contrario.
Quando buscamos a visão fizemos uma denúncia da nossa insatisfação quanto aos resultados do nosso projeto inicial. Sendo assim, não posso querer manter aquilo que reconheci com limites, apenas por vínculos de preferência ou conforto que estas estruturas me oferecem.
Um modelo ministerial, uma linguagem confortável, uma liderança fragilizada, apegos emocionais, confortos estruturais e tantos outros motivos limitadores, não poderão entrar numa mesa de negociação para saber se então avanço ou não nesta visão de conquista. Saber que sem renúncias não se avança nesta visão é uma condição primeira para quem quer comprometimento nos processos e obter o fruto abundante e permanente desta Visão.

II. Trabalhar com a Visão Celular requer ações completas.
Texto: v.28
“para ver se tem com que a acabar?”
Na seqüência de sua fala, Jesus continua propondo a multidão avaliações relevantes quanto a tudo que precisavam considerar neste projeto anunciado de querer segui-lo.
Sentar é o verbo utilizado para apontar que não pode ser na precipitação a tomada de posição tão exigente como é o discipulado. A renúncia já havia sido anunciada como condição inegociável, então agora precisa com cautela calcular todas as implicações para não começar algo e não terminar. No conceito de Jesus, começar e não terminar é uma falta que descredibiliza a ação presente e estabelece uma referência prejudicial para futuras iniciativas. Quando Jesus faz a citação da zombaria dos homens é exatamente isso que está em foco. Obras iniciada e não concluídas não levou ninguém a lugar nenhum. Como é frustrante ver recursos, tempo e talentos, desperdiçados em projetos inacabados. A sensação não é agradável e gera descrédito.
Nossa vinculação a Jesus não é para gerar descrédito, ao contrário, o Evangelho é que nos credibiliza para tantos outros objetivos nobres da vida.
Ao propor esta avaliação cautelosa Jesus não esta em momento algum nos desencorajando, mas nos dando as referencias corretas para chegarmos onde ele nos propõe chegar: eu vim para que tenham vida, e vida em abundancia. Tal projeto não responde a ações descontinuadas, mas sim aquelas que se firmam até que seja estabelecida por completo.
Querer que a visão celular dê uma resposta plena quando apenas os alicerces foram estabelecidos é uma precipitação que pode custar o crédito de uma declaração anunciada e uma esperança plantada. A falta de uma percepção apurada de todo o processo da visão celular pode nos fazer depositar expectativas fantasiosas quanto aos resultados propostos.
Gosto de ver construções, e como me alegra ver os detalhes que foram pensados e que proporcionam a plena satisfação dos objetivos traçados para aquele projeto. Uma bela casa, uma ponte, um prédio, cada projeto atende a uma necessidade e quando está completo satisfaz a toda demanda que se propôs suprir, mas quando isso não acontece, fica evidenciado que algo que o projeto, a principio se propôs, não foi satisfeito. Uma casa inacabada pode te abrigar do tempo, mas está sem beleza. Uma ponte que teve somente os alicerces lançados não liga a outra margem. Uma torre que só tem os fundamentos não serve para a sentinela. Uma Visão como é a visão celular, sem os princípios estabelecidos em sua amplitude não lhe dará todo resultado proposto. Uma parte não responde pelo todo. O Encontro dentro da visão é muito importante, mas o Encontro isoladamente não é a Visão.
Calcular para ver se terá como concluir, é uma tarefa que demanda percepções aguçadas e não somente entusiásticas. O bom ânimo será imprescindível no processo, mas não ter a noção do todo que precisará ser encarado, pode revelar em meio a um processo iniciado, que o bom ânimo apresentado no inicio não era suficiente para toda a jornada. E, se isso acontece, eu mesmo terei que arcar com a conseqüência de um descrédito da minha capacidade de liderança por não ter considerado até onde estava disposto para estabelecer o projeto.
Conheça os processos da visão, calcule os investimentos diante da obra completa e só depois decida. Então se prepare para chegar até o fim e se alegrar com o resultado completo que este projeto propõe.

III. Administrar a visão requer planejamento estratégico.
Texto: v. 31
“Ou qual é o rei que, indo entrar em guerra contra outro rei, não se senta primeiro a consultar...”

Em todo novo empreendimento desafios serão enfrentados. As adversidades são sempre uma certeza no enfrentamento e superação para que os projetos sejam estabelecidos.
Diz o AP. Renê em suas mensagens: “não existe território desocupado”. Essa é uma verdade inquestionável. Todo novo projeto surgirá para ocupar um espaço antes ocupado. Todo reino em expansão terá que lidar estrategicamente para ocupar novos territórios. Saber reconhecer as suas potencialidades e debilidades será de grande valor na hora decisiva das ações coordenadas que levarão as conquistas desejadas.
Ter uma percepção equivocada da real potencialidade comprometerá o resultado de uma guerra. Se a avaliação estiver errada para menos, uma rendição pode ser apresentada precipitadamente e a vitória entregue a um adversário mais fraco. Se a avaliação errar para mais, uma derrota também será colhida como resultado, sendo que poderia ser evitada e com diplomacia trabalhada para minimizar qualquer prejuízo indesejável.
Como um rei a expandir seu território, não podemos avançar para novas conquistas comprometendo outras que estão consolidadas. Na visão celular, as ações de conquista são planejadas estrategicamente, levando em conta todos os princípios sugeridos para que novas conquistas sejam efetivadas com sucesso.
Cada nova célula que irá surgir é um nível de guerra, cada geração a ser estabelecida é outro nível de guerra, estabelecer metas para se conquistar uma cidade, um estado, uma nação e avançar conquistando outras nações sempre exigirão da nossa parte avaliações e consultas estratégicas para que não se comprometa toda a conquista estabelecida até aquele presente momento.
Não é proposta da visão promover um resultado rotativo que mascara pelos novos resultados o comprometimento dos resultados anteriores. Quando avaliamos a progressão da conquista pelas gerações, fica claro que os novos resultados são a conquista dos resultados consolidados e que não foram comprometidos no processo.
Gerenciar a expansão é um calculo minucioso e delicado. Coordenar a vontade de expansão e a responsabilidade da consolidação é uma ciência estratégica que se requer de todo líder que faz história.

Conclusão

Ignorar esses valores propostos pelo messias é também construir um caminho desastroso e vergonhoso, pois desconsiderá-los é impor a nós mesmos uma ineficácia operacional, tal qual a do sal que perde suas propriedades. Zombaria e perda de território farão parte da história do líder que não considera as renúncias que precisará assumir para não gerar esperanças que não se cumprem e não comprometer territórios já conquistados.
O que Jesus nos propõe são percepções necessárias justamente para evitar uma frustração decorrente de avaliações precipitadas. Ao passo que, quando tenho calculado os meus investimentos e tenho noção da minha capacidade, ao assumir de forma resignada um compromisso com uma Visão de conquista, como é a Visão celular no Modelo dos 12, saberei construir e ocupar os territórios de forma a estabelecer uma referência segura de um reino que tem a promessa de um crescimento sem fim.

1 comentários:

LEÃO disse...

Graça e Paz, meu Apóstolo! Entrando no mundo da era ON LINE da WEB... parabens!!! E fazer Projetos bem calculados é realmente de suma importância para o nosso crescimento. Vaos planejar 2010, e toda equipe receberá o crescimento tão sonhado... um beijão no coração! Ariel, Leão de Deus

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