Ampliados para obter maiores resultados.

TEXTO: Is. 54: 2,3

VERDADE CENTRAL: Buscar aperfeiçoamento é uma exigência para quem quer obter maiores resultados.

INTRODUÇÃO: Não me considero um homem plenamente politizado, mas confesso que a política tem exercido certo fascínio sobre mim. Tenho buscado estar mais atento às movimentações políticas e as transformações constantes que são processadas no objetivo de se alcançar metas estabelecidas.
Resguardadas minhas objeções ao partido do governo e as posturas do atual presidente do Brasil, não posso deixar de observar o quanto o mesmo teve que abandonar algumas atitudes limitadoras para atingir seu objetivo de governar o país.
Recentemente vi uma reportagem que apresentou nosso atual presidente durante as primeiras campanhas presidenciais. Quase não se reconhece. Pouco lembra a figura atual, que sabe trajar um terno bem alinhado, lançando a moda da gravata vermelha, com uma apresentação pessoal impecável. Cometendo ainda alguns erros de concordância verbal, mas abandonando aquele discurso impetuoso e agressivo natural de um líder sindical. Soube reciclar seus modos, enfrentar os opositores e se dirigir ao público alvo com uma proposta menos ameaçadora. O resultado desta ampliação lhe rendeu dois mandatos presidenciais. Sinto apenas que as transformações tenham ficado por aí. No entanto, essa capacidade para se reciclar e estar atento a estes fatores merece minha observação e lança luz sobre aquilo que também temos que atentar para não gerarmos limites pelo simples fato de uma resistência natural que quer nos manter em nossas áreas de conforto, onde ali temos total controle da situação.
Gerar resultados maiores nos mostrará que precisaremos repensar nossas habilidades e qualificações, no objetivo de darmos passos possíveis de serem sustentados ao longo de toda uma jornada.
Veremos a seguir a chamada com a qual estamos identificados e veremos que somos instigados por Deus a esse crescimento diante das grandezas que nos estão sendo propostas:

I. Os resultados maiores já são uma certeza.

Texto: Is. 54:3

“Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; e a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.”

Toda meta sinaliza a potencialidade que precisará ser aplicada para que a mesma seja de fato estabelecida. Metas pequenas exigem pequenos esforços, metas de médio porte exigem um pouco mais de empenho, metas grandes exigirão ações bem mais elaboradas e disposições bem mais firmes para que tudo quanto foi proposto seja realizado.
Quando sonhamos com um alvo precisamos trabalhar por ele como sendo algo que certamente será estabelecido. Quando Deus nos propõe metas é claro para o leitor de que Ele não está nos oferecendo uma hipótese, mas está nos sinalizando de forma bem objetiva o que está firme em seu coração.
Um grande diferencial para todo que quer alcançar resultados maiores diante de Deus, é trabalhar com a certeza de que para Deus não há hipótese a respeito dos seus projetos, há na verdade promessas sobre as quais Ele mesmo tem velado para que se cumpram.
Deus não trabalha com incertezas, mas suas promessas nos sinalizam tudo o que Ele está disposto a fazer a nosso favor.
O texto de Isaías não está trabalhando com hipóteses, mas com certezas. A narrativa não nos deixa dúvidas. A declaração profética é feita de afirmações: “Porque transbordarás para a direita e para a esquerda...” A expressão “porque”, divide a sentença maior em duas partes: a primeira a que diz respeito às exigências que estão sendo requeridas do seu povo e que estão alistadas no verso 2 deste capítulo 54 de Isaías. A segunda apresenta as razões das mesmas exigências, e quando paramos para considerar estas razões, percebemos que Deus está fazendo exigências porque está firme em seu propósito de confirmar sobre o seu povo as promessas que apresenta. Transbordar para a direita, transbordar para a esquerda, ter uma posteridade poderosa na terra e capaz de produzir grandes restaurações não é quadro pintado por Deus para trazer um alívio momentâneo. Mas sim, uma ação que está em curso, e que não pode encontrar o povo na distração, ou em suas posturas limitadoras que impedem que tais promessas operem os benefícios proclamados.
Estar associado a esta certeza do coração de Deus é que nos levará a assumir com competência a parte que nos cabe.

II. As nossas referências precisão ser ajustadas diante de Deus.

Texto: Is. 54: 2

“Amplia o lugar da tua tenda, e estendam-se as cortinas das tuas habitações;...; alonga as tuas cordas, e firma bem as tuas estacas.”

Toda vez que me encontro diante deste texto sempre sou levado a considerar uma linha de interpretação que faz a relação da tenda com a própria vida de cada morador desta Sião que está no foco direto da narrativa. Pois indo mais adiante, no verso 17 deste mesmo capítulo depois de muito destacar a figura da cidade como um todo, a narrativa vai fechar com a seguinte expressão: “... esta é a herança dos servos do Senhor...”. Portanto sinto-me a vontade para propor uma avaliação mais pessoal e menos coletiva, afim de que juntos consideremos as necessidades dos devidos ajustes pessoais para que as promessas que estão sinalizadas se cumpram com plenitude em nossas vidas.
Já sabemos que o que Deus tem prometido não é apenas uma possibilidade, não é apenas uma hipótese, mas uma certeza, uma ação que está em curso de colisão com a nossa história. A diferença entre a realização e a frustração dos projetos de Deus a nosso favor está no fato de levarmos a sério ou não, tudo quanto tem sinalizado em nossa direção quando nos aponta seus projetos.
Amplia o lugar da tua tenda parece estar numa ordem que não nos deixa dúvida de que algo maior do que se tem abrigado pela estrutura presente está prestes a chegar. Não se preparar para isto também parece uma falta de bom senso, uma vez que o que está por vir, ainda que não se possa ver de imediato, já está a caminho, e deixar os aprontos para a última hora não será apropriado.
Fico pensando o porquê deste conselho. Qual a preocupação de Deus quanto a estes preparativos? E cogito a possibilidade de que Deus não nos quer desperdiçando oportunidades tão nobres e elevadas que muitos outros ao longo da história vêm desprezando, ao não reconhecer o tempo da visitação de Deus sobre suas vidas. Como desperdiçamos oportunidade para as quais não nos preparamos, mesmo diante dos sinais que apontavam para o fato inevitável.
Fico a imaginar o que se passa pela mente de líderes que sonham uma conquista elevada e nem sequer conseguem administrar suas causas pessoais, julgam que suas histórias e experiências não precisam ser enriquecidas, desprezam o valioso tesouro do tempo e não investem em aprimoramento de seus processos. Continuam alimentando uma visão romântica de tempos onde suas competências não necessitavam ser recicladas.
Vivemos tempos tão competitivos, num mundo de transformações constantes, de informações que correm as extremidades da terra em frações de segundos. Como continuar alimentando diante de Deus uma concepção de que ele me confiará algo muito elevado, se eu não me organizei devidamente para estar apto no gerenciamento das suas grandezas?
O ato de fé que denuncia nossa convicção em tudo o que Deus nos tem prometido é justamente a ação coerente com a promessa que acreditamos que nos foi legada. Quando Deus encontra esta correspondência, a este, Ele confia a sua herança.
Quantos na infância propuseram em seus corações algumas conquistas para o futuro? Quantas destas conquistas se confirmaram? Quero afirmar sem medo de errar que somente aquelas que tiveram a correspondência nas ações posteriores que geraram a conquista daquele sonho um dia alimentado no coração. Todos os demais não se confirmaram, pois não puderam ser abrigados ao longo da evolução da sua história em sua estrutura acanhada, de estacas não muito firmes. Quando não nos organizamos internamente e não promovemos as ampliações da nossa estrutura, os sonhos que julgávamos possíveis de serem alcançados, vão sendo negociados e deixados para trás, substituídos por outros que se amoldam ao que temos capacidade para responder.
Deus, porém, tem em seus projetos uma meta de desenvolvimento de seus servos por ter para os mesmos caminhos mais elevados para os quais nos tem chamado. Seus desafios não são para gerar fracassos, mas para nos ampliar. Deus trabalha com a certeza de que fomos criados com a capacidade de superação. Deus trabalha com a convicção de que cada um pode corresponder a sua medida de capacidade. Deus nos chamou para uma trajetória onde o crescimento é um princípio que nos empurra para a maturidade. Deus quer que cresçamos.

Conclusão:

Propositalmente, ao transcrever o texto de Is. 54: 2 deixei de fora a expressão “não o impeças...”, pois julgo uma chave importante na compreensão de toda de toda a reflexão.
Como pode uma promessa feita por Deus não se cumprir a favor de alguém? A resposta parece estar diante dos nossos olhos. Quando consideramos as promessas de Deus, percebemos que sempre está condicionada a uma postura que se espera daquele a quem esta sendo dirigida. A promessa destaca um alvo imediato, no entanto se confirmará diante da correspondência as expectativas levantadas. Foi assim com a geração que saiu do Egito. A promessa da terra que manava leite mel foi dirigida àqueles que saíram do Egito e deveriam manter firme a convicção da promessa até conquistarem a terra da qual o Senhor com juramento prometeu aos pais lhes daria. No entanto, ao se desviarem do foco da promessa, não correspondendo as expectativas do coração de Deus, não puderam entrar e frustraram os projetos para aquela geração. A promessa, porém, se manteve de pé, e em seguida outra geração, atenta às exigências entrou na terra e a conquistou, conforme Deus lhes havia prometido.
Sonhar com as conquistas propostas pela visão vai exigir de todos ações firmes na direção das avaliações sinceras quanto as capacidades que estão disponíveis para absorver tudo o que se está sonhando. Este exercício não é muito confortável. Mexe com estruturas, exigem reorganização das disposições do coração, apresenta quadros de incapacidades, impõe novas exigências, novas posturas, nos tirando do conforto de estruturas já consolidadas. Isso não é muito fácil de encarar. Por isso também já fiz um alerta nos estudos anteriores: calcule bem para estabelecer projetos.
Rejeitar a idéia da ampliação que se exige da nossa estrutura para podermos estar aptos no gerenciamento dos projetos mais elevados de Deus é também rejeitar sua construção e confirmação. Está claro que a promessa que nos levará a uma condição de maiores conquistas, está condicionada a exigência de ampliações que se fazem necessárias, para que tudo o que Deus tem para confirmar sobre nós não seja desperdiçado. Não impeças, esta é a afirmação que faz recair sobre quem a promessa está dirigida a responsabilidade de adequação. O resultado já esta publicado, e tem a garantia de quem fez a promessa. E, diga-se de passagem, é poderoso para cumpri-la. Mas se houver rejeição as exigências, poderemos impedir que sejamos alcançados por seus benefícios.
Portanto não impeças, mas se permita ser ampliado e se surpreenda com o mais que Deus acrescentará, gerando conquistas que se prolongarão através das gerações.

3 comentários:

André Cajeron disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André Cajeron disse...

Achei excelente a frase:
"Quando não... promovemos as ampliações da nossa estrutura, os sonhos... vão sendo negociados e deixados para trás, substituídos por outros... que temos capacidade para responder."

Que Deus não nos permita aceitar uma mini tenda sem conexão de internet! husahusahusa!
Um abraço Apóstolo!

Gil Telles disse...

"O ato de fé que denuncia nossa convicção em tudo o que Deus nos tem prometido é justamente a ação coerente com a promessa que acreditamos que nos foi legada." e que o Senhor me capacite a corresponder a tudo que o Senhor tem creditado em minha vida, e melhorar cada dia mais.
obrigado por nos abençoar com suas palavras e juntos conquistaremos nosso estado!
abs. shalom.

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