Ampliados para obter maiores resultados.

TEXTO: Is. 54: 2,3

VERDADE CENTRAL: Buscar aperfeiçoamento é uma exigência para quem quer obter maiores resultados.

INTRODUÇÃO: Não me considero um homem plenamente politizado, mas confesso que a política tem exercido certo fascínio sobre mim. Tenho buscado estar mais atento às movimentações políticas e as transformações constantes que são processadas no objetivo de se alcançar metas estabelecidas.
Resguardadas minhas objeções ao partido do governo e as posturas do atual presidente do Brasil, não posso deixar de observar o quanto o mesmo teve que abandonar algumas atitudes limitadoras para atingir seu objetivo de governar o país.
Recentemente vi uma reportagem que apresentou nosso atual presidente durante as primeiras campanhas presidenciais. Quase não se reconhece. Pouco lembra a figura atual, que sabe trajar um terno bem alinhado, lançando a moda da gravata vermelha, com uma apresentação pessoal impecável. Cometendo ainda alguns erros de concordância verbal, mas abandonando aquele discurso impetuoso e agressivo natural de um líder sindical. Soube reciclar seus modos, enfrentar os opositores e se dirigir ao público alvo com uma proposta menos ameaçadora. O resultado desta ampliação lhe rendeu dois mandatos presidenciais. Sinto apenas que as transformações tenham ficado por aí. No entanto, essa capacidade para se reciclar e estar atento a estes fatores merece minha observação e lança luz sobre aquilo que também temos que atentar para não gerarmos limites pelo simples fato de uma resistência natural que quer nos manter em nossas áreas de conforto, onde ali temos total controle da situação.
Gerar resultados maiores nos mostrará que precisaremos repensar nossas habilidades e qualificações, no objetivo de darmos passos possíveis de serem sustentados ao longo de toda uma jornada.
Veremos a seguir a chamada com a qual estamos identificados e veremos que somos instigados por Deus a esse crescimento diante das grandezas que nos estão sendo propostas:

I. Os resultados maiores já são uma certeza.

Texto: Is. 54:3

“Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; e a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas.”

Toda meta sinaliza a potencialidade que precisará ser aplicada para que a mesma seja de fato estabelecida. Metas pequenas exigem pequenos esforços, metas de médio porte exigem um pouco mais de empenho, metas grandes exigirão ações bem mais elaboradas e disposições bem mais firmes para que tudo quanto foi proposto seja realizado.
Quando sonhamos com um alvo precisamos trabalhar por ele como sendo algo que certamente será estabelecido. Quando Deus nos propõe metas é claro para o leitor de que Ele não está nos oferecendo uma hipótese, mas está nos sinalizando de forma bem objetiva o que está firme em seu coração.
Um grande diferencial para todo que quer alcançar resultados maiores diante de Deus, é trabalhar com a certeza de que para Deus não há hipótese a respeito dos seus projetos, há na verdade promessas sobre as quais Ele mesmo tem velado para que se cumpram.
Deus não trabalha com incertezas, mas suas promessas nos sinalizam tudo o que Ele está disposto a fazer a nosso favor.
O texto de Isaías não está trabalhando com hipóteses, mas com certezas. A narrativa não nos deixa dúvidas. A declaração profética é feita de afirmações: “Porque transbordarás para a direita e para a esquerda...” A expressão “porque”, divide a sentença maior em duas partes: a primeira a que diz respeito às exigências que estão sendo requeridas do seu povo e que estão alistadas no verso 2 deste capítulo 54 de Isaías. A segunda apresenta as razões das mesmas exigências, e quando paramos para considerar estas razões, percebemos que Deus está fazendo exigências porque está firme em seu propósito de confirmar sobre o seu povo as promessas que apresenta. Transbordar para a direita, transbordar para a esquerda, ter uma posteridade poderosa na terra e capaz de produzir grandes restaurações não é quadro pintado por Deus para trazer um alívio momentâneo. Mas sim, uma ação que está em curso, e que não pode encontrar o povo na distração, ou em suas posturas limitadoras que impedem que tais promessas operem os benefícios proclamados.
Estar associado a esta certeza do coração de Deus é que nos levará a assumir com competência a parte que nos cabe.

II. As nossas referências precisão ser ajustadas diante de Deus.

Texto: Is. 54: 2

“Amplia o lugar da tua tenda, e estendam-se as cortinas das tuas habitações;...; alonga as tuas cordas, e firma bem as tuas estacas.”

Toda vez que me encontro diante deste texto sempre sou levado a considerar uma linha de interpretação que faz a relação da tenda com a própria vida de cada morador desta Sião que está no foco direto da narrativa. Pois indo mais adiante, no verso 17 deste mesmo capítulo depois de muito destacar a figura da cidade como um todo, a narrativa vai fechar com a seguinte expressão: “... esta é a herança dos servos do Senhor...”. Portanto sinto-me a vontade para propor uma avaliação mais pessoal e menos coletiva, afim de que juntos consideremos as necessidades dos devidos ajustes pessoais para que as promessas que estão sinalizadas se cumpram com plenitude em nossas vidas.
Já sabemos que o que Deus tem prometido não é apenas uma possibilidade, não é apenas uma hipótese, mas uma certeza, uma ação que está em curso de colisão com a nossa história. A diferença entre a realização e a frustração dos projetos de Deus a nosso favor está no fato de levarmos a sério ou não, tudo quanto tem sinalizado em nossa direção quando nos aponta seus projetos.
Amplia o lugar da tua tenda parece estar numa ordem que não nos deixa dúvida de que algo maior do que se tem abrigado pela estrutura presente está prestes a chegar. Não se preparar para isto também parece uma falta de bom senso, uma vez que o que está por vir, ainda que não se possa ver de imediato, já está a caminho, e deixar os aprontos para a última hora não será apropriado.
Fico pensando o porquê deste conselho. Qual a preocupação de Deus quanto a estes preparativos? E cogito a possibilidade de que Deus não nos quer desperdiçando oportunidades tão nobres e elevadas que muitos outros ao longo da história vêm desprezando, ao não reconhecer o tempo da visitação de Deus sobre suas vidas. Como desperdiçamos oportunidade para as quais não nos preparamos, mesmo diante dos sinais que apontavam para o fato inevitável.
Fico a imaginar o que se passa pela mente de líderes que sonham uma conquista elevada e nem sequer conseguem administrar suas causas pessoais, julgam que suas histórias e experiências não precisam ser enriquecidas, desprezam o valioso tesouro do tempo e não investem em aprimoramento de seus processos. Continuam alimentando uma visão romântica de tempos onde suas competências não necessitavam ser recicladas.
Vivemos tempos tão competitivos, num mundo de transformações constantes, de informações que correm as extremidades da terra em frações de segundos. Como continuar alimentando diante de Deus uma concepção de que ele me confiará algo muito elevado, se eu não me organizei devidamente para estar apto no gerenciamento das suas grandezas?
O ato de fé que denuncia nossa convicção em tudo o que Deus nos tem prometido é justamente a ação coerente com a promessa que acreditamos que nos foi legada. Quando Deus encontra esta correspondência, a este, Ele confia a sua herança.
Quantos na infância propuseram em seus corações algumas conquistas para o futuro? Quantas destas conquistas se confirmaram? Quero afirmar sem medo de errar que somente aquelas que tiveram a correspondência nas ações posteriores que geraram a conquista daquele sonho um dia alimentado no coração. Todos os demais não se confirmaram, pois não puderam ser abrigados ao longo da evolução da sua história em sua estrutura acanhada, de estacas não muito firmes. Quando não nos organizamos internamente e não promovemos as ampliações da nossa estrutura, os sonhos que julgávamos possíveis de serem alcançados, vão sendo negociados e deixados para trás, substituídos por outros que se amoldam ao que temos capacidade para responder.
Deus, porém, tem em seus projetos uma meta de desenvolvimento de seus servos por ter para os mesmos caminhos mais elevados para os quais nos tem chamado. Seus desafios não são para gerar fracassos, mas para nos ampliar. Deus trabalha com a certeza de que fomos criados com a capacidade de superação. Deus trabalha com a convicção de que cada um pode corresponder a sua medida de capacidade. Deus nos chamou para uma trajetória onde o crescimento é um princípio que nos empurra para a maturidade. Deus quer que cresçamos.

Conclusão:

Propositalmente, ao transcrever o texto de Is. 54: 2 deixei de fora a expressão “não o impeças...”, pois julgo uma chave importante na compreensão de toda de toda a reflexão.
Como pode uma promessa feita por Deus não se cumprir a favor de alguém? A resposta parece estar diante dos nossos olhos. Quando consideramos as promessas de Deus, percebemos que sempre está condicionada a uma postura que se espera daquele a quem esta sendo dirigida. A promessa destaca um alvo imediato, no entanto se confirmará diante da correspondência as expectativas levantadas. Foi assim com a geração que saiu do Egito. A promessa da terra que manava leite mel foi dirigida àqueles que saíram do Egito e deveriam manter firme a convicção da promessa até conquistarem a terra da qual o Senhor com juramento prometeu aos pais lhes daria. No entanto, ao se desviarem do foco da promessa, não correspondendo as expectativas do coração de Deus, não puderam entrar e frustraram os projetos para aquela geração. A promessa, porém, se manteve de pé, e em seguida outra geração, atenta às exigências entrou na terra e a conquistou, conforme Deus lhes havia prometido.
Sonhar com as conquistas propostas pela visão vai exigir de todos ações firmes na direção das avaliações sinceras quanto as capacidades que estão disponíveis para absorver tudo o que se está sonhando. Este exercício não é muito confortável. Mexe com estruturas, exigem reorganização das disposições do coração, apresenta quadros de incapacidades, impõe novas exigências, novas posturas, nos tirando do conforto de estruturas já consolidadas. Isso não é muito fácil de encarar. Por isso também já fiz um alerta nos estudos anteriores: calcule bem para estabelecer projetos.
Rejeitar a idéia da ampliação que se exige da nossa estrutura para podermos estar aptos no gerenciamento dos projetos mais elevados de Deus é também rejeitar sua construção e confirmação. Está claro que a promessa que nos levará a uma condição de maiores conquistas, está condicionada a exigência de ampliações que se fazem necessárias, para que tudo o que Deus tem para confirmar sobre nós não seja desperdiçado. Não impeças, esta é a afirmação que faz recair sobre quem a promessa está dirigida a responsabilidade de adequação. O resultado já esta publicado, e tem a garantia de quem fez a promessa. E, diga-se de passagem, é poderoso para cumpri-la. Mas se houver rejeição as exigências, poderemos impedir que sejamos alcançados por seus benefícios.
Portanto não impeças, mas se permita ser ampliado e se surpreenda com o mais que Deus acrescentará, gerando conquistas que se prolongarão através das gerações.

TEMA: ASSUMINDO COM RESPONSABILIDADE

TEXTO: JOS. 1:1-9

VERDADE CENTRAL: Todo investimento em liderança tem por finalidade o bom aproveitamento em tempo oportuno.

“Esforça-te, e tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria.” (Josué 1:6)

INTRODUÇÃO:

Quando consideramos a trajetória de um discípulo que ingressa nas fileiras da Visão Celular percebemos que existe uma carreira proposta a ele que tem como meta a reprodução de uma liderança capaz de assumir as mesmas responsabilidades que foram assumidas em relação ao mesmo.
Estamos trabalhando para levantar líderes que respondam à expectativa do coração de Deus. Nunca foi problema para Deus ou para Jesus, se haveria ou não uma multidão que responderia a demonstração da graça revelada pelo plano da redenção. A revelação bíblica nos aponta a segurança da parte de Deus quanto a este ponto, o desafio sempre foi quem estaria disposto a ser cooperador com ele em seus projetos.
A Visão celular está fundamentada no princípio do discipulado por entender que desta forma estaremos respondendo a uma expectativa de Deus quanto aos trabalhadores para a sua seara.
Não podemos ter outra noção quanto ao propósito do discipulado a não ser este. Queremos que os discípulos comprometidos sejam apresentados diante de Deus como obreiros que não tem do que se envergonhar, que manejam bem a palavra da verdade e com responsabilidade, assumam a obra do ministério para a qual foram chamados a realizar.
Estamos trabalhando por um exército de ceifeiros que entrarão na seara do Senhor e farão a maior colheita da história.
Se esta é a nossa expectativa quanto aos discípulos que estamos formando nesta Visão, qual será então a expectativa de Deus a nosso respeito? O que dizer das expectativas geradas por nós nos corações daqueles que nos ouvem falar de uma terra prometida que precisa ser conquistada? Qual é a minha responsabilidade como portador desta mensagem?
Estar à frente de um projeto como este não é uma tarefa fácil para ninguém. Ter o desejo de realização é bem diferente de estar responsável por esta realização.
Gostaria hoje que você compreendesse que entre o desejo e a realização do mesmo existe um período em que Deus está preparando-o para que em tempo oportuno você esteja conduzindo a realização dos seus sonhos como lhe prometera.
Compreenda um pouco mais as posturas com as quais você deverá lidar afim de que não retrocedas, mas avances com toda a responsabilidade e sejas bem sucedido.

I. Lembrar das disposições passadas.
Texto: Números 14:6-9/ Josué 1:2, 6, 7,9
“... O Senhor está conosco, não os temais.”

Fico a me perguntar, diante da afirmação contida neste texto de Números, onde foi parar tal entusiasmo? O que ocorreu para que Deus viesse cobrar este ânimo de forma tão enfática tempos depois? O que aconteceu com aquele Josué determinado, seguro, ousado, ainda que diante de uma multidão pronta para investir contra a sua vida? Considere as palavras abaixo e veja se minhas inquietações e indagações têm ou não razão:
“levanta-te, pois agora... (v.2);
“Esforça-te, e tem bom ânimo... (v.6);
“Tão somente esforça-te e tem mui bom ânimo... (v.7);
“Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo, não te atemorizes, nem te espantes... (v.9)
Parece que o Josué de Números não é a mesma pessoa descrita na narrativa do livro que leva o seu nome.
Diante da morte do grande líder Moisés, responsável pela condução do povo até as proximidades da terra prometida, Deus se apresenta a Josué lembrando-lhe que a sua tarefa seria fazer o povo herdar a terra que havia sido prometida.
Na memória de Deus não ficou apagada aquela disponibilidade apresentada diante de todo o povo quando os 10 espias recuaram no ânimo e somente ele e Calebe permaneceram firmes no entendimento de que Deus seria com eles para herdarem a terra que com juramento havia sido prometida aos pais.
Julgamos que Deus também recuará, assim como arrefecemos no ânimo diante dos novos desafios, mas na verdade a ação de Deus é para nos fazer lembrar de que apresentamos uma disposição que recebeu da sua parte os devidos créditos e, na hora apropriada, seremos solicitados para aquilo que nos disponibilizamos.
Moisés já não estava à frente do povo, havia morrido. Isto por certo trouxe um abatimento ao coração de Josué que o servira com fidelidade ao longo de toda a sua vida, estando certo de que Deus era com o seu líder para a superação de todos os desafios a serem enfrentados na consolidação daquele projeto tão audacioso.
Houve em Israel um pranto de 30 dias, conforme nos relata Deuteronômio 34:8, é nesse tempo de prostração de todo o povo que Deus se apresenta a Josué, ordenando-lhe, como líder, a colocar-se de pé e assumir a responsabilidade pela conquista, recobrando as disposições anteriores que lhe legaram a função que devia ser levada adiante.
Ser discípulo nesta visão é um privilégio maravilhoso. Caminhar ao lado de líderes desbravadores como nosso Apóstolo René é precioso, mas todo este investimento de tempo e relacionamento tem o objetivo de nos capacitar para também realizarmos as tarefas que precisarão ser multiplicadas.
Ao te envolveres no discipulado proposto pela Visão Celular, uma meta esta apontada por ti mesmo ao declarares o ardor do teu coração pela conquista das multidões. Esta disposição apresentada diante de Deus está sendo trabalhada dentro do discipulado para que em tempo oportuno seja devidamente aproveitada diante de toda a demanda de uma multidão que precisará ser apascentada.
Deus vai te lembrar as disposições se você se esquecer. Josué foi lembrado com veemência. Por três vezes e não foi de forma carinhosa e delicada. Foi debaixo de ordem: “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo...”
Meu conselho nesta hora é que na verdade não te esqueças das disposições apresentadas diante de Deus. Elas deflagram um processo de aperfeiçoamento que culminará no exercício de uma chamada específica diante do Senhor. Tenhas na memória os votos e as consagrações que foram apresentadas. Tua vida está sendo treinada para dares conta do que está por vir. Estejas preparado.

II. Lançar mão dos recursos disponibilizados.
Texto: Josué 1:5
“... Como fui com Moisés, assim serei contigo...”

Não bastasse ter que assumir a liderança de um povo tão desafiador em suas dinâmicas, pesava também sobre Josué a responsabilidade de substituir uma liderança forte como foi a de Moisés: ”E nunca mais se levantou em Israel profeta como Moisés, a quem o Senhor conhecesse face a face, nem semelhante em todos os sinais e maravilhas que o Senhor o enviou a fazer na terra do Egito, a faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; e em tudo o que Moisés operou com mão forte, e com grande espanto, aos olhos de todo o Israel.” (Deut. 34:10-12).
Compreender as reações de Josué naquele momento não é uma tarefa simples. Julgar que em seu lugar não faríamos o mesmo, é agir com injustiça, levando em consideração que estamos num tempo em que já sabemos o fim desta história. Mas estes fatos permitiram que posicionamentos da parte de Deus fossem apresentados e que agora nos servissem de referência em nosso momento histórico de conquistas.
Para as inquietações de Josué, Deus se mostra tão prestativo como se apresentou primeiramente a Moisés. Revelando que a suficiência do grande Moisés repousou em todo o tempo na suficiência do Deus que era maior que seus limites e medos.
Moisés foi tudo quanto dele se diz por ter tido a compreensão que seu Deus era uma fonte de suprimento inesgotável para aquele que dele depende. Aos olhos humanos um homem fez tudo contra o poder do Egito, mas segundo a revelação do texto, Deus é quem opera através dos homens que fazem dele sua fonte capaz para toda conquista.
O bom ânimo perdido com a morte de Moisés estava sendo resgatado por Deus no coração de Josué, ao afirmar que a fonte provedora de todo o poder visto na vida de Moisés continuava disponível e estaria ao seu favor.
Perder um líder e ter que assumir as responsabilidades do mesmo é aterrorizante para muitos. Saber que existe um nível maior de liderança me aguardando a cada conquista de uma célula ou de uma geração é ter que lidar com novas faces de uma conquista que não é estabelecida gratuitamente. Isso pode levar a muitos a julgar que não estão aptos para esta responsabilidade. Mas o fato é que, se houver uma disponibilidade apresentada anteriormente, não há o que nos livre desta responsabilidade assumida. Só uma coisa nos faz estar firmes e correspondendo as expectativas de Deus a nosso respeito: lançar mão dos recursos disponibilizados.
A Visão Celular tem uma vocação para nos levar a níveis maiores de responsabilidade em nossa liderança. Saber estar preparado para cada momento deste evitará os constrangimentos vividos por Josué nesta narrativa. Como estás te preparando para os novos desafios da conquista almejada? Quais são hoje as referências da tua formação para fazer frente às demandas de um crescimento que está anunciado e assegurado por promessa da parte de Deus?
Se tivermos a certeza de que a fonte maior do nosso bom ânimo não faltará, temos que identificar em nossa estrutura os fatores limitadores que impedem a expansão de uma conquista.
Muitos líderes não se dão conta de que a falta do bom ânimo é também decorrente da falta de esforço para se adequar na superação dos novos desafios.
Bom ânimo e esforço fazem parte da agenda daquele que também tem em Deus uma fonte maior de capacitação.
Falta bom ânimo ao líder da Visão quando o mesmo querendo avançar em sua liderança percebe que seu discurso está empobrecido e já não alcança o coração do seu povo. Falta bom ânimo ao líder da visão quando o mesmo já não se sente a altura das habilidades de um povo qualificado. Falta bom ânimo para o líder que não consegue gerenciar as inquietações de uma multidão. Para este tipo de desânimo a receita é uma só: Esforça-te. Busque aprimoramento. Procure identificar as oportunidades de crescimento. Não evite o discipulado. Não corra do confronto. Permita ser alertado a respeito dos teus temores e descubra as fontes disponíveis para o teu crescimento, para assumires responsavelmente a tua liderança e levares uma multidão a mais sonhada das conquistas prometidas por Deus: a Canaã celestial.
CONCLUSÃO:

Lançar mão dos recursos disponibilizados demandará esforço, demandará iniciativas, demandará estar de pé e perceber que as justificativas apresentadas pela maioria não serão aceitas da parte a quem foi confiado responsabilidade para estar à frente dos demais.
Assumir firmemente os compromissos e com destreza buscar as qualificações exigidas para as disponibilidades apresentadas corresponderá melhor às expectativas que Deus está depositando em tua vida. Você faz parte de um grupo de líderes que no meio da sua geração apresentou a Deus uma disponibilidade de serviço diferenciada, com alvos desafiadores e adversidades grandiosas, mas ao mesmo tempo centrada em promessas que dão a segurança de estarem na direção do querer de seu coração. Por esta razão você hoje está investido no discipulado que te levará a pontos mais altos da sua liderança sem que te falte provisão do todo poderoso Deus que diante do teu esforço e obediência confirmará sobre ti as conquistas que te prometeu.

TEMA: UMA PROMESSA E SUAS EXIGÊNCIAS.

TEXTO: Josué 14:1-15

VERDADE CENTRAL: As expectativas quanto às conquistas que se quer estabelecer ficam mais claras quando se tem percepção das exigências.


INTRODUÇÃO

Caminhando com o AP. Renê tenho aprendido o quanto é importante saber onde se quer chegar, pois é por esta percepção que temos clareza do caminho que temos que percorrer. Saber que Deus tem uma chamada para conquistar uma nação tem um peso diferente de uma chamada para consolidar uma igreja local. Uma e outra situação dão muito trabalho, porém exigem demandas diferentes. Exigem capacidades diferentes. Exigem disponibilidades diferentes.
Tenho acompanhado a agenda do meu líder nesses últimos 12 anos. Quando o conheci, ele ainda era um estudante de teologia preparando-se para ser um pastor. Hoje é um líder de uma visão de conquista que tem gerado um grande avivamento no Brasil e outras nações. A agenda deste homem hoje nem de perto lembra a rotina daqueles anos quando o recebia aos domingos em minha casa para almoçarmos e juntos esperarmos o horário do culto da noite. Renúncias pessoais foram assimiladas. Enfrentamentos adversos foram encarados. Desafios estruturais não o paralisaram. Resistências espirituais não o intimidaram. Por saber que o Senhor havia feito a ele uma promessa nenhuma dessas circunstâncias o impediram de chegar até onde já chegou.
Essa postura tem servido de referência para muita gente no Brasil e no mundo. Suas realizações têm inspirado outros líderes. No entanto, não compreender sua trajetória pode dar algumas falsas impressões àqueles que também desejam estabelecer conquistas significativas em seus ministérios.
Saber onde se quer chegar é por demais importante. Conhecer o alvo da sua conquista lhe dará clareza das ações e apresentará os desafios objetivos que não poderão ser ignorados.
Na Bíblia encontramos uma história muito inspiradora e também orientadora quanto as referências necessárias para saber onde se quer chegar. Vejamos juntos as referências que foram utilizadas por Calebe para herdar Hebrom, na terra de Canaã.

I. Uma promessa estabelece metas objetivas.
Texto: Josué 14:6
“...Tu sabes o que o Senhor falou a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barnéia, a respeito de mim...”
Havia no coração de Calebe uma clareza do alvo objetivo da sua conquista. Um registro muito claro que fundamentou em todo tempo o que ele iria conquistar.
Duas fontes de autoridade estavam em concordância para assegurar-lhe que seu objetivo não fora uma construção das suas próprias ambições. Tanto Deus como Moisés haviam estabelecido como decreto o alvo da conquista de Calebe.
Quando o povo Hebreu chega nas proximidades de Canaã, Moisés envia os doze espias, para que fosse confirmado o registro da promessa que Deus havia feito desde Abraão. Calebe ao fazer parte da comitiva, entrando na terra verificou sua extensão, sua riqueza, suas possibilidades e também suas adversidades. Viu tudo o que precisava ter visto. A terra era como Deus havia prometido. Um sinal muito claro para ele de que assim como Deus não havia mentido quanto às condições da terra, também seria fiel quanto a sua conquista.
Quando Deus nos dá uma promessa precisamos ter claro em nossos corações do que realmente se trata, para não construirmos expectativas equivocadas que de alguma maneira nos façam errar o alvo.
Quando Deus fez uma promessa a Abraão a respeito de um herdeiro não estava se referindo ao Damaceno Eliezer, nem tão pouco ao atalho buscado por intermédio de Agar que deu a luz a Ismael, mas a promessa era bem mais objetiva: Sara dará a luz a um filho e este será o herdeiro.
Enquanto não temos claro o que a promessa em sua verdade e objetividade esta propondo podemos gerar expectativas equivocadas que nos conduzirão por caminhos estranhos e até mesmo poderão nos fazer desistir da conquista. Uma expectativa errada pode não nos favorecer na construção das motivações corretas.
Olhar para referências da visão celular no Brasil é um bom exercício para compreender o que Deus é poderoso para fazer através da sua vida e ministério. Mas é um erro perigoso não observar todo histórico que construiu o que hoje os olhos vêem. A leitura precisa ser aprofundada, o caminho percorrido precisa ser compreendido. As adversidades enfrentadas não podem ser ignoradas. A competência do momento precisa ser avaliada. Tudo isso precisa entrar no foco para se constituir uma decisão assegurada por convicções de fé que não ignoram os limites a serem transpostos.
Saber que a visão lhe promete a conquista da multidão exigirá uma investigação minuciosa para entender sua realização. Nisso não há nenhum mistério, a visão é simples como beber um copo de água, mas as precipitações das nossas ambições podem nos fazer errar o compasso apropriado para executar a estratégia de conquista.
Calebe ao entrar na terra de Canaã observou tudo e compreendeu que a meta estava clara e que a promessa era real.
Em seu relatório nada foi esquecido, porém a convicção de que a promessa seria cumprida por Deus foi decisiva para a construção de uma postura diferenciada dos demais.


II. Uma promessa estabelece as motivações apropriadas.
Texto: Josué 14:8
“...mas eu perseverei em seguir ao senhor meu Deus.

Quando sabemos com precisão o que temos a fazer, será a motivação correta que nos conduzirá no enfrentamento e superação de todos os desafios até que a conquista se defina.
O texto deixa claro que o diferencial da postura de Calebe em relação aos demais espias foi a atitude cultivada ante a tarefa a ser completada.
A falta de percepção dos dez espias quanto a conquista da terra prometida gerou em seus próprios corações um abatimento tal que foi contagiante, fazendo derreter também o coração de todo o povo. Esta expressão para mim é muito forte. Ressalta o quanto a reação de uma liderança pode definir a postura de toda uma geração que poderia fazer a diferença para melhor em seu tempo mais que acabou por deixar passar a sua grande oportunidade.
Lideres desapercebidos não inspiram confiança e nem crédito para conquistas. São eles os responsáveis pela paralisação de processos e derretimento das esperanças despertadas pelas promessas que vêem de Deus.
A tarefa de perceber o que tem para ser feito e manter o foco correto no objetivo a ser alcançado pertence ao líder. A reação do líder determinará os passos de todo povo.
O líder é a chave para conquistar ou para desistir. Diante de cada circunstância a ser enfrentada se conhece a capacidade do líder que se dispôs a caminhar a frente do povo. Parece pesado, mas essa é a função do líder. Ele vai à frente e determina a estratégia para fazer avançar os processos que levaram a todos ao fim proveitoso desejado.
O olhar daqueles dez espias estava desfocado da promessa e daquele que havia feito a promessa. Julgaram que a conquista dependia dos esforços limitados e das capacidades também limitadas deles. A avaliação dos enfrentamentos foi precisa, porém erraram quando julgaram que a solução dependeria apenas dos seus recursos. Ignoraram todo o histórico recente das intervenções divinas que a todo momento sinalizava que o Deus que fizera a promessa estava engajado em todo o processo.
Eles haviam chagado até aquele ponto por intermédio das ações de Deus confirmando suas intenções para com todos eles. Um clamor havia chegado ao céu, sinalizando um desejo de retorno a terra que Deus havia prometido dar a descendência de Abraão. A partir daí Deus figura como principal personagem, gerando livramentos sobrenaturais, fazendo uso da sua destra poderosa, livrando-os do mais temível império da época. Mesmo assim, estes fatos recentes não foram levados em consideração, produzindo um relatório desprovido das referências corretas e sinalizando a todo momento a fragilidade de uma geração resistente ao aprendizado, denunciando uma tendências a acomodação àquilo que não apresenta riscos. Isso foi determinante para paralisar a marcha de um exercito de quase três milhões.
Diferentes dos demais e sustentando uma linguagem firme de conquista, observamos a atitude de Calebe, que no texto citado revela onde se fundamentou suas ações e seu discurso. A fragilidade das convicções dos demais não alteraram sua firmeza. O derretimento do coração do povo também não o fragilizaram, pois a determinação do seu coração estava em perseverar na promessa que vinha de Deus, a qual apontava para uma herança desejada e que agora depois da conquista estava sendo reivindicada.
A motivação do coração de Calebe não foi sustentada por nenhum conforto, mas pela convicção de que a perseverança em seguir os decretos abençoadores de Deus lhe faria herdeiro de uma terra desejável.
Seus fundamentos eram seguros, suas expectativas não eram vacilantes. Não havia engano em suas motivações. Havia uma certeza de que o Deus que lhe fizera a promessa era capaz para cumpri-la.
Quantas promessas na visão celular você já alimentou no coração do teu povo? Quantas conquistas você já ofereceu como esperança? Quantas heranças foram sinalizadas ao longo desta jornada? Mais cedo ou mais tarde chegar-se-á às margens do Jordão, diante do momento decisivo da conquista, onde os reais líderes se revelam e completam sua carreira. Saber onde se fundamenta a motivação inabalável desses líderes nos ajudam a compreender como devemos firmar nossas convicções diante de uma chamada tão desafiadora como é a Visão Celular no Modelo dos Doze. As heranças reivindicadas são de direito daqueles que perseveram até que a promessa se confirme, passando pelos enfrentamentos e superando todo o tipo de adversidade seja ela externa, ou interna. Seja pela ameaça das adversidades, seja pela incredulidade de alguns que caminham ao seu lado buscando apenas usufruir dos benefícios da sua conquista. O foco da motivação do líder não se distrai e nem se perturba, continua firme naquele que fez a promessa e que é poderoso para fortalecer aos que confiam em seu nome.





III. Uma promessa define a conquista.
Texto: Josué 14:9
“...Certamente a terra que pisou o teu pé te será por herança a ti e a teus filhos para sempre...”

É interessante observarmos os nomes da terra que está sendo dada por herança a Calebe, pois os mesmos revelam aspectos determinantes na caminhada da conquista das nossas heranças.
O primeiro nome da terra da herança de Calebe era Quiriate-Arba, que significa Cidade de Arba, porque Arba era o maior homem entre os anaquins
Entre os homens temos medições de capacidades. Segundo o relatórios dos dez espias o fato da terra de Canaã ser habitada por gigantes era uma desvantagem gritante. A força física estava a favor dos anaquins. No olhar dos espias seriam como gafanhotos no enfrentamento a esses gigantes.
Na contramão dos fatos está a conquista de Calebe, que contraria a percepção humana mas ratifica a suficiência de Deus, que capacita aquele que espera nEle, renovando as suas forças, concedendo-lhe o improvável pelas condições humanas. A terra que antes pertencera ao maior dos anaquins veio a ser herança daquele que creu no Deus que está acima da suficiência do homem. Nossas conquistas nunca estarão atreladas a medida e possibilidades dos homens. E por mais ameaçadora que seja a aparência da força de um homem, ele é apenas homem, sujeito as mesmas condições de todos os demais, diferente daquele que nos tem feito as promessas e que esta acima de todo homem, até mesmo do maior entre os anaquins.
O nosso Deus é quem abate os altivos desta terra e exalta a todo aquele que se sujeita a sua vontade. Nenhum poder se compara a sua grandeza. Ele é o Deus todo poderoso. Ele foi quem abateu Faraó em sua altivez e abateu Arba em sua força, para confirmar a sua promessa.
O segundo nome da terra da herança de Calebe era Hebrom, que significa “aliança”. Muito nos sugere o significado do nome,pois foi a firmeza do caráter de Calebe em confiar nas promessas de Deus que lhe asseguraram a conquista desta herança.
Sem dúvida alguma o conceito de aliança estava presente na convicção de Calebe quanto ao comprometimento de Deus em todo o processo de conquista. A promessa feita primeiramente a Abraão havia sido confirmada por uma Aliança com Deus. Quando Deus decide livrar o povo da opressão do Egito é uma aliança que é lembrada. E agora que estão prestes a entrar na terra é uma aliança que assegurará a conquista, tal é a certeza de Calebe.
Também na hora de reivindicar a terra a Josué é uma aliança que também está sendo lembrada.
A força de resistência que foi apresentada pelos moradores de Canaã se fundamentou em suas capacidades próprias, mas a força de conquista de Calebe residia na capacitação que lhe veio por intermédio de uma aliança que o fortaleceu de tal forma que mesmo aos oitenta anos sentia-se com a força de quando possuía quarenta. Alianças são estabelecidas para superação dos limites que a força individual não consegue superar. Calebe reconheceu que o seu Deus era poderoso o suficiente para fortalecê-lo e assegurar-lhe uma conquista tão nobre e relevante. A cidade não mais se chamou Quiriate-Arba, mas Hebrom, revelando que a força intimidadora da capacidade do homem não supera a decisão de um Deus que age a favor dos que o temem.
A conquista de Calebe é a referência que apresentamos para alicerçar aquela que Deus tem sinalizado para tua vida e ministério. A visão celular tem proposto ações que seguem na direção do enfrentamento direto de forças que se opõe a expansão do Reino de Deus, no entanto, será por intermédio dos homens de aliança que tais lugares terão suas identidades transformadas. Deixarão de ser territórios que afrontam a suficiência de Deus para exaltar a sua grandeza e honrar aqueles que o amam.

TEMA: CALCULE BEM PARA ESTABELECER PROJETOS

TEXTO: Lucas 14: 25-35

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?” (v.28)

VERDADE CENTRAL: As conquistas na Visão celular serão fruto de ações comprometidas daqueles que fizeram as devidas avaliações e chegaram a conclusão responsável que a Visão responde as demandas e sonhos ministeriais.

INTRODUÇÃO:

Quando consideramos o texto mais ampliado onde se encaixa aquele que está acima citado, percebemos que Jesus, dirigindo-se a multidão dá conselhos bem objetivos na direção de uma clareza quanto a tudo que está envolvido no projeto para segui-lo. Seguir a Jesus é um projeto de vida que precisa ser considerado em toda a amplitude que uma tomada de posição como esta requer.
Tal intervenção de Jesus junto à multidão que o acompanhava nos faz perceber que o simples fato de estar acompanhando não é suficiente para toda a extensão do projeto, pois o envolvimento no projeto deve ir além de motivações circunstancias e tão somente focadas em necessidades unilaterais.
Um projeto como o que Jesus está propondo exige de seus seguidores uma avaliação mais aprofundada para que nenhum outro valor se apresente como limitador ou competidor nos níveis de interesses e comprometimentos exigidos.
Tomando como base esta experiência quero fundamentar algumas percepções também aplicadas ao projeto da Visão Celular no Modelo dos 12, que trabalha as relações do discipulado a luz das referências que encontramos em Cristo Jesus.

I. Implantar a visão Celular vai exigir renúncias.
Texto: Luc. 14: 26-27
“... não pode ser meu discípulo”

A expressão encerra uma fala de Jesus onde níveis de renúncia são apresentados como condições necessárias àqueles que estão para tomar a decisão de entrar num projeto que não foi estabelecido a partir das considerações de quem está querendo seguir a Jesus. Essas condições já estão estabelecidas. Jesus é quem estabelece os parâmetros condicionais àqueles que querem segui-lo.
O projeto tem princípios pré-estabelecidos e ignorá-los ou julgar que os mesmos se adequarão as minhas necessidades é um erro que pode comprometer a realização do mesmo.
O projeto de vida oferecido por Jesus tem o poder de transformar e satisfazer a demanda da vida humana pelo prisma divino de prioridades, e quando alguém percebe esta oferta e se submete a ela é que usufrui do benefício disponibilizado.
É um erro julgar que a minha necessidade ou limite está no centro dos acontecimentos e que tudo ao redor é que precisa se sujeitar a esta demanda. Do contrário, é quando eu percebo os limites da minha estrutura e projeto, e busco então aprimorá-lo, abrindo espaços antes ocupados pela ignorância e limite, é que sou convencido das renúncias necessárias para não ser privado do valor maior que preciso agregar a minha história.
No texto, a multidão é que busca Jesus por reconhecer que o mesmo possui qualidades que atendem as necessidades e podem gerar nova qualidade de vida. Mesmo tendo tomado a iniciativa a multidão é alertada do preço a ser considerado para que toda a transferência de vida pelo discipulado pudesse chegar a sua efetivação. Discipulado sem renúncias, sem entrega total de vida não funciona. Buscar os bônus sem disposição para assumir os ônus, não assegura a ninguém resultados permanentes e completos.
Assim como para o discípulo se impões este nível de avaliação para obter o melhor da vida compartilhada com Jesus, o líder que deseja se comprometer e tem buscado na Visão celular a respostas para suas inquietações, precisará considerar que renúncias de valores até então considerados úteis, mais ao mesmo tempo impotentes para dar solução as suas demandas, serão necessárias. Caso contrário, o que é que nos atrairia a esta Visão se os nossos valores anteriores estivessem atendendo plenamente as nossas expectativas. Por considerarmos que temos a necessidade e que a Visão possui um fruto, um testemunho, que responde a esta necessidade é que a ordem da renúncia se impõe a quem tem a necessidade, e não o contrario.
Quando buscamos a visão fizemos uma denúncia da nossa insatisfação quanto aos resultados do nosso projeto inicial. Sendo assim, não posso querer manter aquilo que reconheci com limites, apenas por vínculos de preferência ou conforto que estas estruturas me oferecem.
Um modelo ministerial, uma linguagem confortável, uma liderança fragilizada, apegos emocionais, confortos estruturais e tantos outros motivos limitadores, não poderão entrar numa mesa de negociação para saber se então avanço ou não nesta visão de conquista. Saber que sem renúncias não se avança nesta visão é uma condição primeira para quem quer comprometimento nos processos e obter o fruto abundante e permanente desta Visão.

II. Trabalhar com a Visão Celular requer ações completas.
Texto: v.28
“para ver se tem com que a acabar?”
Na seqüência de sua fala, Jesus continua propondo a multidão avaliações relevantes quanto a tudo que precisavam considerar neste projeto anunciado de querer segui-lo.
Sentar é o verbo utilizado para apontar que não pode ser na precipitação a tomada de posição tão exigente como é o discipulado. A renúncia já havia sido anunciada como condição inegociável, então agora precisa com cautela calcular todas as implicações para não começar algo e não terminar. No conceito de Jesus, começar e não terminar é uma falta que descredibiliza a ação presente e estabelece uma referência prejudicial para futuras iniciativas. Quando Jesus faz a citação da zombaria dos homens é exatamente isso que está em foco. Obras iniciada e não concluídas não levou ninguém a lugar nenhum. Como é frustrante ver recursos, tempo e talentos, desperdiçados em projetos inacabados. A sensação não é agradável e gera descrédito.
Nossa vinculação a Jesus não é para gerar descrédito, ao contrário, o Evangelho é que nos credibiliza para tantos outros objetivos nobres da vida.
Ao propor esta avaliação cautelosa Jesus não esta em momento algum nos desencorajando, mas nos dando as referencias corretas para chegarmos onde ele nos propõe chegar: eu vim para que tenham vida, e vida em abundancia. Tal projeto não responde a ações descontinuadas, mas sim aquelas que se firmam até que seja estabelecida por completo.
Querer que a visão celular dê uma resposta plena quando apenas os alicerces foram estabelecidos é uma precipitação que pode custar o crédito de uma declaração anunciada e uma esperança plantada. A falta de uma percepção apurada de todo o processo da visão celular pode nos fazer depositar expectativas fantasiosas quanto aos resultados propostos.
Gosto de ver construções, e como me alegra ver os detalhes que foram pensados e que proporcionam a plena satisfação dos objetivos traçados para aquele projeto. Uma bela casa, uma ponte, um prédio, cada projeto atende a uma necessidade e quando está completo satisfaz a toda demanda que se propôs suprir, mas quando isso não acontece, fica evidenciado que algo que o projeto, a principio se propôs, não foi satisfeito. Uma casa inacabada pode te abrigar do tempo, mas está sem beleza. Uma ponte que teve somente os alicerces lançados não liga a outra margem. Uma torre que só tem os fundamentos não serve para a sentinela. Uma Visão como é a visão celular, sem os princípios estabelecidos em sua amplitude não lhe dará todo resultado proposto. Uma parte não responde pelo todo. O Encontro dentro da visão é muito importante, mas o Encontro isoladamente não é a Visão.
Calcular para ver se terá como concluir, é uma tarefa que demanda percepções aguçadas e não somente entusiásticas. O bom ânimo será imprescindível no processo, mas não ter a noção do todo que precisará ser encarado, pode revelar em meio a um processo iniciado, que o bom ânimo apresentado no inicio não era suficiente para toda a jornada. E, se isso acontece, eu mesmo terei que arcar com a conseqüência de um descrédito da minha capacidade de liderança por não ter considerado até onde estava disposto para estabelecer o projeto.
Conheça os processos da visão, calcule os investimentos diante da obra completa e só depois decida. Então se prepare para chegar até o fim e se alegrar com o resultado completo que este projeto propõe.

III. Administrar a visão requer planejamento estratégico.
Texto: v. 31
“Ou qual é o rei que, indo entrar em guerra contra outro rei, não se senta primeiro a consultar...”

Em todo novo empreendimento desafios serão enfrentados. As adversidades são sempre uma certeza no enfrentamento e superação para que os projetos sejam estabelecidos.
Diz o AP. Renê em suas mensagens: “não existe território desocupado”. Essa é uma verdade inquestionável. Todo novo projeto surgirá para ocupar um espaço antes ocupado. Todo reino em expansão terá que lidar estrategicamente para ocupar novos territórios. Saber reconhecer as suas potencialidades e debilidades será de grande valor na hora decisiva das ações coordenadas que levarão as conquistas desejadas.
Ter uma percepção equivocada da real potencialidade comprometerá o resultado de uma guerra. Se a avaliação estiver errada para menos, uma rendição pode ser apresentada precipitadamente e a vitória entregue a um adversário mais fraco. Se a avaliação errar para mais, uma derrota também será colhida como resultado, sendo que poderia ser evitada e com diplomacia trabalhada para minimizar qualquer prejuízo indesejável.
Como um rei a expandir seu território, não podemos avançar para novas conquistas comprometendo outras que estão consolidadas. Na visão celular, as ações de conquista são planejadas estrategicamente, levando em conta todos os princípios sugeridos para que novas conquistas sejam efetivadas com sucesso.
Cada nova célula que irá surgir é um nível de guerra, cada geração a ser estabelecida é outro nível de guerra, estabelecer metas para se conquistar uma cidade, um estado, uma nação e avançar conquistando outras nações sempre exigirão da nossa parte avaliações e consultas estratégicas para que não se comprometa toda a conquista estabelecida até aquele presente momento.
Não é proposta da visão promover um resultado rotativo que mascara pelos novos resultados o comprometimento dos resultados anteriores. Quando avaliamos a progressão da conquista pelas gerações, fica claro que os novos resultados são a conquista dos resultados consolidados e que não foram comprometidos no processo.
Gerenciar a expansão é um calculo minucioso e delicado. Coordenar a vontade de expansão e a responsabilidade da consolidação é uma ciência estratégica que se requer de todo líder que faz história.

Conclusão

Ignorar esses valores propostos pelo messias é também construir um caminho desastroso e vergonhoso, pois desconsiderá-los é impor a nós mesmos uma ineficácia operacional, tal qual a do sal que perde suas propriedades. Zombaria e perda de território farão parte da história do líder que não considera as renúncias que precisará assumir para não gerar esperanças que não se cumprem e não comprometer territórios já conquistados.
O que Jesus nos propõe são percepções necessárias justamente para evitar uma frustração decorrente de avaliações precipitadas. Ao passo que, quando tenho calculado os meus investimentos e tenho noção da minha capacidade, ao assumir de forma resignada um compromisso com uma Visão de conquista, como é a Visão celular no Modelo dos 12, saberei construir e ocupar os territórios de forma a estabelecer uma referência segura de um reino que tem a promessa de um crescimento sem fim.

Ap. Wagner Pacheco










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Em Cristo Jesus,
Ap. Wagner Pacheco